Está a fazer um ano, fiz um post a enaltecer a amizade. É realmente algo fantástico e com ela os amigos. O que me fez escrever há um ano, também me faz escrever agora. O meu melhor amigo, tem que hoje se dobrar à evidência de mais um ano que passa.
Parece que foi ontem mas já nos conhecemos há quase dez anos. Dois adolescentes beirões, em diáspora numa cidade grande para estudar, para encontrar o que não havia por mais perto.
Numa escola com quase dois mil alunos, numa turma de perto de trinta, poderias ser um de tantos. Porquê tu? Não sei. Não sei se te escolhi, se me escolheste, se foi recíproco, se foi Deus que te meteu na minha vida ou vice-versa. De qualquer maneira, de quem quer que seja a culpa, quero agradecer, seja esse alguém quem for.
Passam os anos, mas há coisas que não mudam. Cada reencontro me faz reviver os momentos partilhados ao sabor de um café, como no Teatro, um Mc Flury em Viseu, um rissól na assembleia da república sem guardanapo, uma pizza no farta-burros, medronhos no Fontelo depois de uma corrida, um Senhor dos aneis antes do Natal...
Zenão de Eleia dizia que um verdadeiro amigo é um alter ego, um outro eu. E as pessoas dizem que tenho boa imaginação e muita fantasia. Ainda assim, não conseguiria nunca imaginar um alter-ego que melhor me dissesse e completasse. Obrigado por o seres, e por me seres.
O ano passado falei de ti como irmão, nascido no meu coração para não mais deixar de ser meu. Por momentos pensei que o conceito poderia ser considerado forte, exclusivista, mas repensando reescrevi concebendo a fraternidade como inclusiva e não exclusiva. Assim o Ricardo em vez de morgado fica com três comigo, contigo e com o Frodo dele, os teus pais com quatro com o Frodo do Ricardo e a Sara com três cunhados. A ser verdade que os ideais da revolução francesa têm inspiração cristã, não obstante o jacobinismo graçante de então, é este para mim o conceito de fraternidade. Acho que se todas as pessoas tivessem um alter-ego como eu, para falar, rir, chorar, partilhar o que de melhor e pior se passa e vive, seriam inúteis 90% dos psicólogos, psiquiatras, médicos, advogados e tribunais.
Para terminar, mais uma vez, obrigado por existires, por estares aí, por seres O amigo, o meu amigo.
Nesta história, escrita por dois punhos, que possamos escrever ainda muitos e muitos capítulos, num livro que nunca se escreveu, com palavras que nunca nos dissemos, continuando a relação que sendo frutífera, promete ainda muitos e muitos frutos.
Sim, p_r_ _e / e_ _ _e_e_-me / de / _i, (porque és O amigo e não um amigo) s_ / q_a_ _o / _e / e_q_ _c_r / _ _ / r_ _ _i_a_.
A música, já não do Shaheen como no ano passado, é desta vez dos Queen, because right to the end, Friends will be friends.
Na foto, no terceiro ano de "caminho" como amigos, numa escursão que concebemos os dois ^^ A cara justifica-se porque tinhamos "dormido" num parque de campismo com muito para fazer em vez de dormir =)
Há coisas fantásticas não há?
4 comentários:
Muito obrigado!! Confesso que às vezes chego a ter receio de abrir os teus presentes. E a razão é a seguinte: os teus presentes recordam-me aquela expressão que diz "Os homens também choram..."
É realmente fantástico ter amigos fantásticos que nos escrevem coisas fantásticas.
Abraço fantástico
Samwise
Pois é! Concordo com o facto de que os homens também choram. Para alguns é fraqueza, para outros infelicidade. Para mim, infelicidade, seria não ter com quem chorar. Tu mereces os "meus" presentes (fantásticos). E se achas que sou bom amigo, lembra-te que cada um tem aquilo que merece! Forte abraço Sam. Teu, Frodo.
Gostei deste post :)
Sabes como se pode colocar panoramas no formato .mov no blog?
E quem tirou a bela da foto, quem foi?? Outra amiga que vos adora aos dois!!! Bons tempos! Jamais vos esquecerei!!
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