quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Criança sobreviveu ao abutre, fotógrafo sucumbiu à dor


Da imagem que correu o mundo toda a gente sabe a história. Até recebeu o prémio Pulitzer. Anos depois, sabe-se um pouco mais da história por de trás da foto.
O fotógrafo sucumbiu ao arrependimento e suicidou-se. A opinião pública crucificou Kevin Carter, mas, 18 anos volvidos, sabe-se que a criança que parece prestar-se a servir de pasto ao abutre sobreviveu à fome e à guerra no Sudão. 
Criança sobreviveu ao abutre, fotógrafo sucumbiu à dor
 Kevin Carter disparou, em 1993, no Sudão, a foto que lhe viria a custar a vida, paradoxalmente, eternizando o fotógrafo sul-africano na galeria dos maiores repórteres fotográficos de sempre, com um "frame" icónico, um retrato de uma tragédia que não precisa de uma sílaba sequer.Quando fotografou aquela cena, em Ayod, no Sudão, em 1993, Kavin Carter terá visto, como quase toda a gente, na imagem de um abutre postado atrás de uma criança desnutrida, a metáfora perfeita para a fome que grassava, e matava, no Sudão.Disparou e pouco depois entrou no avião. O New York Times publicou a foto, que em 1994 viria a ganhar o prestigiado prémio Pulitzer. Kevin Carter não suportou a glória de uma imagem que lhe recordaria a sua própria mortalidade, a sua própria face humana, que naquela tarde de 1993, no Sudão, se deixou dominar pelo brio profissional de capturar a imagem que melhor demonstrasse a tragédia que varria o Sudão. Conseguiu-o.O Mundo viu, nessa foto, a morte e a fome, a morte pela fome. A opinião pública apressou-se a julgar e a condenar sumariamente a alegada frieza com que teria agido Kevin Carter, considerando que o fotógrafo poderia, e deveria, ter feito alguma coisa para salvar a criança. Kevin sentiu o mesmo e foi essa dor que o levou a pôr termo à própria vida, incapaz de suportar a ideia de não ter ajudado a salvar uma vida.

In JN, 21/II/11 Para ver mais clica aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Àss 03h37 da manhã de hoje, sem conseguir dormir pensando e sentindo as dores do mundo, resolvi levantar, rezar e ler um pouco. Ao ver teu Post fiquei aliviada. Isso mesmo aliviada! Pois não sabia para quem estava acordada, por quem estava inquieta a minha alma. Ao ver este Post encontrei a resposta: por nós todos! Por mim e por todos! Pois temos um pouco do jornalista que infeliz tornou-se ao sentir que poderia ter feito a diferença e não o fez. Pior não o fez pois a pressa de ser famoso foi maior que a pressa em ser feliz! Ta´mb´€m temos um pouco da criança famita, morta para o mundo, mas viva para Deus. Este nos ressucita e nos dá a vida. Por fim, temos um pouco do arbutre, que espera a primeira oportunidade para devorar os mais fracos. Este fato recordou-me as doces Palavras do Senhor quando nos lembrava de que deveríamos amar uns aos outros como Ele nos amou. Esta foto e seus personagens nos são familiar, penso que a todos nós! Neste momento tento saber quem sou eu neste contexto? será que farei a diferença? será que o ser feliz hoje ( falo feliz = felicidade verdadeira e única = viver com e em Cristo Jesus ) seria mais valioso que uns aplausos humanos? Chega! Parem o mundo, pois quero descer! Quero fazer a diferença! Como? Seguindo Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Em silêncio, em espírito e em verdade!
Paz e Bem