domingo, 10 de outubro de 2010

Santidade!

Santidade, diriam os italianos, è una parola grossa, ou seja, uma palavra grande porque se pode dizer muito a propósito com a certeza que mais ainda ficaria por dizer. Ainda assim, é possível ser-se santo hoje, hodiernamente, ou talvez até, hoje mais do que nunca, mergulhados que estamos neste mundo secularizado. É no meio das vicissitudes que uma voz clama no deserto: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas...". O desafio do santo dos dias de hoje é o de viver em constante advento para preparar o caminho do Senhor, e em constante quaresma para que a própria conversão seja efectiva, e uma vez efectiva, possa iluminar e incendiar os que o rodeiam.
Faz hoje Faz hoje 129 anos que partiu para a eternidade D. Daniel Comboni, Italiano, fundador dos missionários e das missionáras combonianas.Com a morte dele, algo ficou: o seu plano, intemporal, e os seus seguidores que estudando os textos procuram actualizar o grito do fundador para descobrirem a ratio missionis que o carisma comboniano propõe.
São Daniel Comboni foi proclamado santo dia 5 de Outubro de 2003 em Roma por João Paulo II, e com ele dois verbitas, S. Arnaldo Jansen e S. José Freinadmetz. 
Foto de uma das praças de Verona, tirada daqui.

O Plano de regeneração para a África central mereceu-lhe lugar de destaque no século XIX, no meio missionário, junto do papa contra os esclavagistas e ainda no concílio Vaticano I. 
A diocese dele era do tamanho da Europa, e o plano além de continuar actual, mostrou-se o maior dos aliados tendo em conta as dificuldades que se encaravam então (e que pouco ou nada mudaram). 

Mudando de argumento, inicia-se hoje o sínodo diocesano da diocese de Viseu sob o tema Comunhão para a Missão. Será um caminho de cinco anos que se esperam frutíferos, desde que a igreja se empenhe nesse sentido. Não há vozes mais ou menos importantes. A ser verdade que somos as pedras vivas do templo do Senhor, devemos empenhar-nos tornar o templo mais aprazível. Que os exemplos evangélicos possam inspirar-nos para que diocese de Viseu dê a melhor das respostas à pergunta dos crentes e não crentes neste terceiro milénio da Encarnação. 
São Daniel Comboni, rogai por nós.
Há coisas fantásticas não há? 

1 comentário:

Ismael Sousa disse...

Em criança recebi uma livro chamado: "Daniel Comboni Um Amor Chamado África".
Realmente teve um vida de exemplo para todos nós.
"Daniel Comboni foi um missionário errante, que depositou a sua alma na Nigrícia, enquanto o seu cérebro e as suas mãos estendidas procuravam ajudas e influências na Europa. Sob a aparência de uma grande fragilidade, este sacerdote escondia uma vontade sobre-humana de conseguir «salvar a África com a África»" - começava assim o livro que em todo o seu percurso nos demonstra o seu grande amor por aquele continente.
"Os restos mortais de D. Daniel Comboni foram depositados no jardim da missão, junto da sepultura de Maximiliano Ryllo, para que a terra africana cobrisse o corpo de quem tanto a amara, encontrando nessa santa paixão a inspiração do seu alto destino." - eram estas as últimas linhas do livro. Nem na morte se separou de África.