Um meio seco...

Falando de vinhos, diz quem sabe que os há de muitas maneiras: branco, tinto, verde, maduro, frutado, desta casta ou daquela. Em algumas latitudes porém há-os secos, proseccos (em Itália), e os meios secos.
Serve de repto a lista digna de um enólogo ou enófilo. Não o sou de todo, de qualquer das maneiras, terei de me servir de um destes termos para nomear o que vi ontem...

Um Benfica como há muito não via, qual àguia vitória qual quê. Muita garra, muita parra e muita uva. Foram oito, contados pelos mais de quarenta mil no estádio, número notável se pensarmos numa segunda-feira.
No meio destes oito, aliás, para ser preciso, no fim desses oito, um golito envergonhado, o golo da dignidade que não tira mérito algum aos que tinham entrado na outra baliza e anteriormente.
Porquê o discurso dos vinhos se o que queria mesmo era falar do Benfica?
Como já confidenciei a alguém que me é muito caro, poderiam ter sido oito secos. Não o foram. Foram oito, meio-secos =)
Não é que tenha grande piada, mas eu até gosto. Junte-se o facto de ter sido uma barrigada como há muito não se via no futebol português. Não é que espere isto em todos os jogos do Benfica, não é que a forma do Benfica se possa permitir tamanhas goleadas por esse campeonato a fora, o que é certo é que gostei de ver o que vi. Se assim for sempre, não goleadas mas grandes espectáculos de futebol, não me importo de gastar duas horas da semana para assistir regalado a tal bálsamo...
Sem mais, com cumprimentos de Luzern, é caso para dizer, há coisas fantásticas não há?