As criancinhas explicadas a José Sócrates

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Antes de mais, sou um admirador confesso de Ricardo Araújo Pereira. Quem me conhece sabe também da minha paixão pela Visão (revista). Na visão, há "visões" do supra citado, numa cronica semanal denominada "Boca do Inferno". A da semana passada falava do rescaldo das europeias, a desta semana fala de uma analogia, a meu ver brilhante. Sobre quem? José Socrates e Obama, e passo a citar:

..., o novo comportamento do primeiro-ministro aproxima-o dos grandes estadistas. As semelhanças entre Sócrates e Obama são cada vez maiores: Obama matou uma mosca durante uma entrevista; Sócrates deu uma entrevista em que parecia uma mosca morta. Não sei se o leitor viu as imagens: incomodado por uma mosca enquanto falava com um jornalista, Obama esperou que o bicho pousasse e matou-o. Em situação idêntica, o Sócrates dos bons velhos tempos também matava a mosca. E o jornalista. Agora, na impossibilidade de entrar a matar, o primeiro-ministro mortifica-se. Vendo bem, Sócrates não mudou muito: dantes, amesquinhava os outros; agora, reverte o amesquinhamento para si próprio. No fundo, não deixou de amesquinhar. Como é evidente, prefiro o Sócrates original e autêntico: não me importo nada quando amesquinha jornalistas e adversários, mas levo a mal que amesquinhe o primeiro-ministro do meu país. Acho uma indignidade. Sobretudo porque me deixa sem nada para fazer.

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Nao está fantástico?
Menos fantástico o facto de ainda nao se ter feito vivo o verão :)
Até breve.
Há coisas fantásticas nao há?